Pesquisa da cidade de Gotham lançou a sua artilharia jurídica para evitar possíveis consequências criminais pela divulgação, no início de Janeiro, de certas informações sobre a farmacêutica catalã Grifols, que causou a quebra do mercado de ações. O baixista já contratou a equipe jurídica que defenderá perante o Tribunal Nacional que suas ações não foram irregulares e que não constituem o crime contra o mercado e os consumidores pelo qual o Ministério Público Anticorrupção o denunciou. O responsável por esta tarefa será Daniel Jiménez, fundador e sócio do SLJ, que nos últimos anos tem defendido a acusação de que os obrigacionistas do Banco Popular contra o ex-diretor da entidade; e Manuel A. Romero, sócio fundador da RRBS Legal, que atuou durante quatro anos como procurador do estado no Comissão Nacional do Mercado de Valores Mobiliários (CNMV)conforme relatado por fontes próximas à empresa norte-americana.
São dois advogados que têm um conhecimento profundo de como funcionam os mercados e de como evoluem casos jurídicos económicos de tal complexidade como aquele que Gotham enfrentaria. Do fundo liderado por Daniel Yu, que Há 10 anos, ele já havia derrubado a Gowex, enquanto aguardava julgamento por fraude— tornou público em janeiro o seu primeiro relatório acusando a Grifols de ter manipulado as suas contas, encontrando-se na mira das autoridades judiciais. A empresa de hemoderivados apresentou uma queixa aos tribunais americanos pelos danos causados com suas informações.
Ao mesmo tempo, os procuradores anticorrupção começaram a analisar o que aconteceu para ver se o comportamento de Gotham e da sua empresa-mãe, a General Industrial Partners, constitui um crime. Para isso, foi necessária a CNMV toda a documentação que ele acumulou sobre este assuntouma vez que também o analisou sob o seu ângulo regulatório. Na verdade, Em setembro, o órgão abriu dois processos disciplinares contra a Grifols por defeitos nas informações financeiras e relatórios de gestão e contra os investidores de Gotham e o fundo General Industrial Partners por alegada manipulação de mercado das ações da empresa farmacêutica.
informações “tendenciosas e enganosas”
Na visão da Anticorrupção, há indícios de que a Gotham divulgou “informações tendenciosas e enganosas” ao mercado, razão pela qual apresentou uma denúncia que foi admitido para processamento em 19 de novembro pelo presidente do Tribunal Central de Instrução número 4 do Tribunal Nacional, José Luis Calama. Este magistrado, que investigou vários casos económicos como a queda do Banco Popular ou outros ligados a esquemas de pirâmide com criptomoedas, convocou Gotham e a sua empresa-mãe no dia 11 de dezembro. nomear um advogado e um agente para coletar suas declarações como pessoas jurídicas investigadas. Da mesma forma, solicitou à CNMV que obtenha, através de seus canais de colaboração, cópia da última resolução da SEC, supervisora da Bolsa de Valores dos Estados Unidos, que arquivou a pesquisa aberta aos Parceiros Industriais Geraisa Matriz de Gotham, para esses eventos.
Ao tomar conhecimento do início da investigação no Tribunal Nacional, Gotham depositou a sua confiança no escritório de advocacia SLJ, um escritório de contencioso focado em questões processuais muito complexas e internacionais, fundado por Daniel Jiménez. Este advogado, que foi sócio e diretor do departamento de procedimento e arbitragem do escritório espanhol do escritório de advocacia internacional Ashurst, é especialista em processos penais de natureza económica perante o Tribunal Nacional.
Entre estes casos, destaca-se precisamente a sua intervenção no já em curso julgamento do Banco Popular, no qual, em nome dos obrigacionistas prejudicados pelo aumento de capital da entidade em 2016 (incluindo os investimentos Pimco, Anchorage e Algebris, Mediobanca di Credito e Pólo), reclama mais de 1.400 milhões de euros ao Banco Santander e PwC em responsabilidade civilalém de penas de prisão para ex-executivos do banco.
Em 2010, em nome da Meliá Hoteles, AC Hoteles, Pullmantur e Orizonia, Jiménez apresentou uma denúncia contra o ex-presidente da CEOE Gerardo Díaz Ferrán, o empresário Ángel de Cabo e outros por apreensão de bens, o que deu origem à Operação Cruzeiro. Ele também conhecido como caso Marsans, pôs fim ao penas de cinco anos de prisão para os dois empresáriosimposta em setembro de 2015 pelo Tribunal Nacional e ratificada pelo Supremo Tribunal em junho de 2016.
Da mesma forma, Daniel Jiménez, durante sua estada em Ashurt, participou da equipe que conseguiu uma importante mudança doutrinária ao levar a Suprema Corte a examinar em outubro de 2014 o doutrina as coisas são assim, o que implica que um contrato pode ser modificado caso surjam circunstâncias excepcionais que não estavam previstas no momento da sua assinatura. Assim, conseguiu fazer com que a rede hoteleira Accor (dona do Ibis, Mercure e Novotel) pagasse 29% menos pelo aluguel de um hotel em Valência. Este novo critério foi então aplicado pelos tribunais espanhóis em diferentes contratos de arrendamento para mitigar as consequências da crise económica e da pandemia de Covid-19.
Operações importantes
A SJL trabalhará em colaboração com Romero Rey & Benito Sancho Abogados (RRBS Legal), escritório que conta na sua carteira de clientes as principais empresas e multinacionais espanholas que operam em Espanha. Um dos seus fundadores, Manuel A. Romero, procurador afastado, que também é responsável pelos departamentos comercial, bolsista e administrativo da empresa, irá concentrar-se na defesa de Gotham.
Romero conhece o funcionamento da CNMV, tendo passado parte de sua atuação na assessoria jurídica do Estado no órgão regulador (de 2000 a 2004), onde participou de inúmeras investigações sobre abusos de mercado, como casos de manipulação de preços e Informação. Da mesma forma, foi designado para o Superior Tribunal de Justiça de Madrid, tanto na área penal como na área contencioso-administrativa.
Como advogado, Romero assessorou algumas das operações financeiras mais importantes realizadas em Espanha, entre elas a reforma do fundo de valores mobiliários para a moratória nuclear de 2008, que visava aliviar o défice tarifário do sector eléctrico. ; no Aquisição da Endesa pela Enel em 2009; ou como assessor da Repsol em assuntos relacionados com o mercado de valores mobiliários no Tentativa de aquisição da petrolífera pela Sacyr em 2011. Adicionalmente, entre 2022 e 2024 atuou como advogado do Grupo Prodi e da Mota Engil México para a aquisição de Duro Felgueraempresa na qual atualmente é secretário do conselho de administração.