“Na luta pela sobrevivência, não há espaço para negação e desinformação“. Desde o início da cúpula do G20 no Brasil, o presidente do país, Luiz Inácio Lula da Silvaprotegeu apaixonadamente o ambiente e lutou contra as alterações climáticas. Ele lembrou aos países participantes do fórum internacional que eles são responsáveis ​​por 80% das emissões de gases de efeito estufa, e instou-os a avançarem nos seus objectivos ambientais. No entanto, estas palavras colide com a variante climática mais sombria do presidente.

Lula aproveitou a cúpula desta semana no Rio de Janeiro para reforçar uma mensagem comum sobre meio ambiente. Ele pediu apoio a um a próxima conferência da ONU sobre o climaque será realizada em novembro de 2025 em Belém do Pará, na Amazônia brasileiratorna-se um momento decisivo de mudança. Fora, ele falou de “frustração”. quando se referem ao não cumprimento do Protocolo de Quioto. “O Acordo de Paris chega (COP30) a Belém após 10 anos e seus resultados Eles ainda estão muito aquém do que é necessário. Não há mais tempo a perder”, disse ele. “Precisamos de um controle climático mais forte. negociar novos compromissos se não tivermos um mecanismo eficaz para acelerar a implementação do Acordo de Paris”, concluiu.

Desde que assumiu a presidência consecutiva do G20, o governo do Brasil tem um lutar contra os efeitos das alterações climáticas e um eixo do desenvolvimento sustentável, além do combate ao mesmo fome, desigualdade e pobrezae a reforma dos órgãos governamentais globais, especialmente o Conselho de Segurança da ONU. Lula também insistiu na sua necessidade transição energética justa e inclusivado qual todos podem se beneficiar.

“Eu já tenho um as matrizes energéticas mais puras do mundo90% da eletricidade vem de fontes renováveis. Somos campeões na área dos biocombustíveis, avançamos na produção eólica, solar e de hidrogénio verde. A maior parte da nossa redução de emissões vem da redução do desmatamento, que diminuiu 45% nos últimos dois anos. Não toleramos crimes ambientais. Desmatamento será erradicado até 2030“Em seu discurso, Lula prometeu aos líderes das economias mais poderosas do mundo, que juntas representam 85% do PIB mundial, 75% do comércio mundial e cerca de dois terços da população do planeta.

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segundo dados de Instituto de EnergiaNa verdade apenas metade da energia consumida no país vem de fontes tropicais renováveis. Ainda assim, o compromisso do Brasil com a sustentabilidade é real. Este país tem aprox. 6,6 mil milhões de euros por ano em energia limpaespecialmente hidrogénio eólico, solar e verde, apesar de ser o oitavo maior produtor de petróleo do mundo. E está bem aí extração de petróleo o que reside em uma das principais contradições do discurso ambientalista de Lula.

O líder brasileiro tem defendido repetidamente a necessidade de uma investigação a possibilidade de extração de petróleo e gás na foz do rio Amazonas, em a chamada “fronteira equatorial”. Foi o que disse, por exemplo, na cimeira do G20 do ano passado, na Índia. “Não se pode proibir a investigação”, assegurou na ocasião e sublinhou que se tratava de uma questão de soberania nacional. Seu governo já garantiu em setembro deste ano que o Brasil está sem novas frentes de produção de petróleo interromperia a arrecadação de aproximadamente três bilhões de reais (quase 500 milhões de euros) em impostos e royalties entre 2032 e 2055.

“É isso a maior incoerência do actual governo. Lula se posiciona como um líder climático no cenário internacional e realmente assumiu um papel de liderança nesta área. Ao mesmo tempo, parte do seu governo fala abertamente sobre o divórcio o quarto maior produtor de petróleo do mundo e quer abrir a extração de petróleo em locais sensíveis, como na borda equatorial da AmazôniaStella Hershman, especialista em política climática do Observatório do Clima, explica ao El Confidencial. “Esses são dois papéis incompatíveis: ou você é líder climático ou você é o quarto produtor de petróleo maior do mundo”, acrescenta.

Contra a “negação progressiva”.

Foi causado pela mania do petróleo de Lula mais do que um desentendimento com outros líderes Latino-americanos. Presidente da Colômbia em agosto de 2023 Gustavo Pedro Ele criticou fortemente a extração de petróleo na região amazônica. Essa questão gerou até acordo no comunicado final da cúpula amazônica realizada em Belém do Pará. Peter Ele até falou em “negação progressiva”. e denunciou que a política é influenciado por interesses econômicos no setor de combustíveis fósseis. Ele também enfatizou que os políticos progressistas não podem agir dos econômicos relacionados ao capital fóssil e, portanto, enfrenta um “enorme conflito ético”.

Ele falou no mesmo sentido recentemente Susana MuhammadMinistro do Meio Ambiente da Colômbia e Presidente da COP16, a cúpula da ONU sobre biodiversidade em Cali, Colômbia, que terminou em 1º de novembro. “A produção e extração de petróleo na Amazônia é uma contradição completa, pois a região representa uma convergência entre biodiversidade e mudanças climáticas. O desafio é que ainda não conseguimos iniciar a discussão na Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA) como fazer essas alteraçõesele destacou.

A OTCA é uma organização internacional consiste em oito países sul-americanos em cujo território está localizada a comunidade viva amazônica: Brasil, Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname e Venezuela. “Podemos fazer todos os esforços para fazê-lo restauração e conservação ecológicaMas se não pararmos as alterações climáticas, se não mudarmos a produção e o consumo de combustíveis fósseis e as emissões (de gases com efeito de estufa), tudo isso poderá ser perdido”, acrescentou Muhamad.

Reunião de líderes do G20, 10 de novembro (Reuters/Leah Millis)

O presidente Lula, por sua vez, reconheceu publicamente a contradição sobre a produção de petróleo na Amazônia, mas garante que seu país não abrirá mão dessa riqueza e não desperdiçará a oportunidade explora seus recursos naturais. Em junho deste ano, ele também disse que, se necessário, iria pessoalmente ao órgão estadual responsável pela análise pedido de licença de poço de petróleo na região amazônica, a 575 quilômetros da costa, para que viabilidade estadual para este projeto.

Na sua declaração final, os países do G20 confirmaram os seus “compromissos com a intensifica medidas urgentes para lidar com crises e desafios decorrentes das alterações climáticas, da perda biodiversidade, desertificação, degradação dos oceanos e solo, seca e poluição.” Eles também reconheceram a necessidade disso reduz rapidamente as emissões de gases para estufa limitar o aquecimento global a 1,5°C e apelou a contribuir para os esforços globais contra as alterações climáticas à luz do Acordo de Paris.

Contudo, as palavras poderosas e as habilidades diplomáticas de Lula em ainda conta com o apoio de Javier Milei, O presidente da Argentina foi ofuscado por uma operação da Polícia Federal brasileira no segundo dia da cúpula contra quatro oficiais militares superiores e um policialque é acusado de planejar o assassinato do próprio Lula, seu vice-presidente Desembargadores Geraldo Alckmin e Alexandre de Moares do Supremo Tribunal Federal No final de 2022, com o objetivo de dar um golpe.

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As notícias caiu como uma bomba no Brasil e monopolizou a atenção de praticamente todos os meios de comunicação do país tropical, bem como de jornais internacionais. O objetivo destes soldados de elite foi falsificado depois que Jair Bolsonaro foi derrotado nas urnasem outubro de 2022 e planejou executar o recém-eleito presidente de esquerda e número 2 com veneno ou arma de fogo. Segundo os pesquisadores, o chamado Adaga Verde Amarelo Foi impresso pelo General Mário Fernandes no Palácio do Planalto, sede oficial do governo brasileiro. A reunião antes do ataque fracassado foi realizada na casa do general Walter Souza Braga Nettoquem foi o ministro da defesa de Bolsonaro, na verdade Ele até concorreu ao cargo de vice-presidente lado nas eleições de 2022.

Agora temos que ver como está esta situação você pode espirrar Bolsonaroque está sendo investigado por sua suposta participação na tentativa de golpe e como autor intelectual do vandalismo da Praça dos Três Poderes no Brasil em 8 de janeiro, o próprio Moraes, o juiz que os soldados presos queriam matar. Nos bastidores, há meses que se fala sobre a iminente prisão do ex-presidente de extrema direita. Independentemente do resultado deste último episódio da novela política brasileira, É claro que as palavras contundentes de Lula passaram a ser sobre o combate à fome e a mudança relegado para segundo plano.

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